11.2.13

Amarração ou Amarrações : Feitiço e Magia do Amor - Tudo aquilo que precisa de saber (Parte 7: O Início do processo de Amarração - Magia do Amor)

Tendo em mente os conteúdos dos últimos posts podemos agora avançar mais um pouco na explicação sobre o processo de Amarração ou Magia do Amor.

Uma vez todos os detalhes tratados, nomeadamente conhecendo o alvo e procurando estimar a sua resistência, sabendo o tipo de trabalho, escolhida a entidade e todos os detalhes tratados entre o comendador e o Mago, a conjuração acontece e dá-se início ao processo de Amarração. E é a este início que agora nos vamos debruçar.

Contudo, convém mencionar de forma simples a própria conjuração em si, sabendo que esta varia consoante várias variáveis que já fui explicando ao longo do post, mas para que se fique com uma ideia vou indicar a estrutura geral, sabendo-se que existem diferentes alterações consoante cada caso. Então, a estrutura geral pode ser dividida em onze etapas:
  1. Ritos Iniciais da Conjuração. Esta fase é o início de toda e qualquer conjuração, variando em alguns casos;
  2. Rito de Purificação. Nesta fase logo após o início do trabalho o Mago purifica-se, assim como os intervenientes directos neste trabalho, a saber, o Alvo e o Comendador;
  3. Primeira Oblação. Nesta fase é oferecida a primeira parte do pagamento à Entidade;
  4. Inicio da Conjuração em si Mesmo. É nesta fase que a Entidade vem de forma explícita ao Mago.
  5. Apresentação do Trabalho. É nesta fase que é explicado junto da Entidade aquilo que se pretende, ou seja, o fim que a que se destina o trabalho, os seus pormenores e para o qual a Entidade foi Invocada.
  6. Segunda Oblação. Nesta fase é oferecida a segunda parte do pagamento à Entidade;
  7. Apresentação dos Intervenientes. É nesta fase que são apresentados os intervenientes do trabalho que já foi explicado. É referido quem é o Alvo e o Comendador.
  8. Terceira Oblação. Nesta fase é oferecida a terceira e última parte do pagamento à Entidade;
  9. (opcional) Quarta Oblação. Nesta fase, que varia em certos casos, pode ser oferecida um quarto pagamento à Entidade, também conhecido como o Sacríficio Maldito (só aplicado em certas circunstâncias).
  10. Ritos Conclusivos. Nesta fase a Entidade aparta-se do Mago, sendo lançada sobre o trabalho.
  11. Ritos Finais. Nesta fase o Mago termina a Conjuração.
Contudo, o trabalho não fica realizado com o término dos Ritos Finais. Por isso será agora importante desmistificar um dos mitos mais consensuais sobre as Amarrações e pelo qual tanta gente é enganada. Eu pessoalmente chamo-lhe o Mito do Sofá.

Muitas das pessoas que pretendem uma Amarração pensam que obtê-la é como quem vai comprar uma televisão a um estabelecimento comercial. Uma vez paga a televisão somente é necessário instalá-la em casa, sentarem-se no sofá e assim deslumbrarem-se com todos os conteúdos que passam no visor. Ao contrário daquilo que vulgarmente se pensa, a Amarração ou Magia do Amor não se dá por terminada com os Ritos Finais. Um dos aspectos mais importantes deste Trabalho e de Toda a Magia, é que após a conclusão da Conjuração ainda existe trabalho a fazer para se levar a Magia a bom porto.

Agora se juntarmos a este mito os dois outros mitos que expliquei na parte 5 destes posts, a saber: o mito de que a Magia e consequentemente as Amarrações são como Fast Food e o mito de que a Magia é Milagreira. Podemos compreender porque é que existem tantos casos defraudados nas Amarrações. E isto deve-se a três factores que as pessoas desejam e projectam na Amarração e que ficam decepcionadas quando lhes digo que a coisa não é bem assim:
  1. Quanto mais rápido melhor, então se for em uma semana ainda melhor;
  2. Quanto menos trabalhoso melhor, então se a pessoa não tiver de fazer rigorosamente nada e esperar que tudo lhe caia de bandeja ainda melhor;
  3. Quanto mais milagroso melhor.
São estes os três factores responsáveis por haverem tantas Amarrações defraudadas.

Tendo isto em mente, podemos agora avançar para o funcionamento da Amarração depois da Conjuração.

Uma vez realizada a conjuração, a Entidade é lançada. Quando ela é lançada, ao contrário do que se pensa, não é só lançada na direção do Alvo, mas também na direção do Comendador. Por causa disso, é que alerto as pessoas, para o caso de sentirem um certo desconforto na primeira semana após a realização do trabalho. Em raros casos este desconforto pode durar até três semanas, ou até em casos muito excepcionais durar mais do que isso. Não se trata de nada grave, que comprometa a saúde ou a vida do Comendador. Geralmente manifesta-se com dificuldades em dormir, pesadelos, acordar a meio da noite até certas coisas «estranhas» acontecerem. Existe grande variedade de sintomas, mas apesar de serem um pouco incómodos de forma alguma comprometem a saúde, ou a integridade física, ou em geral a vida como um todo do Comendador. Há pessoas que os sentem em maior grau, mesmo que em curto espaço de tempo, outras pessoas sentem em menor grau mas por periodos mais longos. Cada caso é um caso, se se recordam do que escrevi sobre a resistência do Alvo, podem agora comprender o porquê de eu mencionar a própria resistência do Comendador.

Esta fase de mal estar é breve e é em regra geral sinal de que o trabalho já está a correr. Ao mesmo tempo os alvos vão passar o mesmo que o Comendador. Só que neles o desenrolar vai ser diferente.

Agora, estou apto a desmistificar um outro mito da Amarração a que lhe chamo o Mito Sexual da Amarração. Este mito prende-se com o facto de as pessoas serem erróneamente informadas de que na Amarração os Alvos são tentados com desejos sexuais para a direita e para a esquerda, e que não conseguem sequer fazer a sua vida normal até terem relações sexuais com o Comendador. Não quero com isto dizer que parte disto defacto não aconteça, apenas estou a querer salientar que não é bem assim, nem com a quantidade exagerada deste tipo de relatos.

Em ordem a desmistificar este mito e melhor compreender a Amarração será importante ter em conta que as Entidades não têm um conhecimento a priori sobre a totalidade das pessoas que são os intervenientes. Quero com isto dizer, uma coisa que pode parecer estranha, mas no início do Trabalho de Amarração, o primeiro passo das Entidades vai ser dado na direção de irem conhecer a fundo as pessoas intervenientes, isto é o Alvo como o Comendador; na sua história, na sua vida, na sua personalidade. É a partir deste momento que as Entidades vão conhecer os pontos fortes e os pontos fracos dos intervenientes e é daí que vão empreender a sua estratégia para a realização do trabalho.

Tendo nós chegado até aqui, já podemos começar a compreender o modus operandi das Entidades e da sua interacção em nós neste tipo de trabalhos. Devo novamente salientar que cada caso é um caso, mas creio que esta explicação ajudará a trazer nova luz.

Para explicar isto, vou usar duas metáforas explicativas que creio serem boas ferramentas para percebermos este processo. Mas antes temos de perceber que aquilo que as Entidades vão fazer vai ser a criação de um vínculo forte entre o Comendador e o Alvo, sendo esse vínculo o tipo de amarração que foi pedida. Para melhor perceber o vínculo, vamos partir do princípio que existem diferentes tipos de vínculos entre pessoas. Os vínculos não são algo passível de ser quantificável. Eu não consigo factualmente medir um número ou um grau para a minha relação com cada um dos meus amigos ou familiares. Por causa disso, vou propor aqui uma abstracção para melhor se entender.
Então vamos atribuir ao número 0 uma não-relação e ao número 100 uma relação ideal e perfeita entre dois seres humanos, algo como uma utopia. Convém sublinhar que uma relação entre duas pessoas pode estar condicionada pelo tipo e pela origem. Por exemplo, uma mãe pode amar imenso o seu filho, imaginemos um 95, contudo este vínculo há de ser diferente daquele que o seu filho pode ter com a sua mulher também imaginemos com o mesmo valor de 95. Ou seja, dentro desta quantificação exemplificativa a relação varia consoante o tipo, e secalhar para melhor perceber isso podemos utilizar a conceptualização Grega já explicada no post 2, do Philia, Eros e Ágape. Por conseguinte, com o exemplo acima, uma mãe pode amar o seu filho e ter um vínculo de 95 com Philia e Ágape, e o mesmo filho ter um vínculo de 95 com a sua mulher com Ágape e Eros.

Recapitulando, então vamos imaginar esta escala de 0 (não relação) a 100 (relação perfeita utópica), nas dimensões de Philia, Eros e Ágape.

Então vamos agora perceber que o papel das Entidades é estabelecer um vínculo do tipo que foi pedido no trabalho entre Comendador e Alvo. Por conseguinte, certos tipos de vínculo estão associados. Por exemplo, alguém que procure uma Amarração para ter uma relação de verdadeiro Amor com o Alvo, procurará subir o vínculo de Ágape entre ambos, mas ao mesmo tempo que sobe este valor também sobe o de Philia e de Eros. Então vamos ter em conta os seguintes factos sobre o fim a que se destina a relação e o tipo da mesma com respeito ao vínculo que dela vai resultar:
  1. Que geralmente uma Amarração em Ágape fornece proporcionalmente o maior aumento tanto em Philia como em Eros, sendo este último o que mais sobe depois de Ágape.
  2. Que geralmente uma Amarração em Eros fornece proporcionalmente menor aumento do que a anterior em Ágape e Philia, sendo esta última o que mais sobe depois de Eros.
  3. Que geralmente uma Amarração em Philia fornece proporcionalmente menos aumento do que as anteriores em Eros e Ágape, sendo esta última o que mais sobe depois de Philia.
 Fiz estes três gráficos de colunas a título exemplificativo daquilo que estou a tentar explicar.



Este post já vai longo, no próximo contínuo a mesma explicação que aqui já avancei, só que vamos nos deter no processo que as Entidades usam para estabelecer o vínculo e como elas actuam também no Comendador.

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